O Hard Club voltou a receber os Russian Circles, que vieram acompanhados pelos Helms Alee. As duas bandas americanas esgotaram o Hard Club em mais uma mostra da qualidade que a banda de Chicago tem vindo a mostrar em todas as visitas a Portugal.
Os Russian Circles tiveram um alinhamento marcado pela falta de um álbum novo. Sente-se a diluição da setlist, e embora Blood Year de 2019 – o último álbum da banda – se mantenha extremamente atual, já só três músicas entraram. Isto faz um alinhamento muito fragmentado, típico de uma tour cujo objetivo principal não é a apresentação de trabalho novo. E não é mau, só é uma área cinzenta que não é comum. Não é nostalgia nem é novidade – mas não deixa de ser uma performance incrível.
Por falar em performance incrível, Dave Turncrantz continua a ser um dos melhores bateristas ao vivo, em estúdio, e no mundo. Potencialmente subvalorizado, é inacreditável o dinamismo que imprime nas músicas.
Helms Alee teve de enfrentar o desafio de uma sala ainda pouco composta, com um concerto que começou à hora e terá apanhado algumas pessoas desprevenidas. No dia em que o novo álbum, Keep This Be the Way, foi lançado, a última música “Helms Alee – Galloping Mind Fuk” (já de 2016) é o ponto alto e a materialização de um projeto que beneficia da forma como os diferentes membros vão trocando e partilhando papéis.
Fica o desejo que assim que os Russian Circles lançarem um novo trabalho voltem ao Porto para ver qual o próximo passo na sua evolução.
Texto e fotografias para o festivais.pt
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